Menino Perdido
Como uma imagem, sentada,
em meia à praça, atada, isolada
não sabe ele aonde ir, a quem pedir,
um pouco de ajuda, sem o ferir.
O mundo é feio, frio, sem pena,
daquele que sozinho, envenena,
daquele que sozinho, enfrenta,
daquele que sozinho, aguenta,
Não sabe ele o que fazer,
o que à pessoa certa, irá dizer,
o mundo é triste, sem compaixão,
espalha desilusão, sem perdão.
Que frio ele sente, hora incógnita,
mostra teu rosto, sempre bendita,
intensifica, com as lágrimas no peito,
por quê tem que ser desse jeito?
Onde está o afagar de sua mãe agora?
não se faz presente nessa hora,
procura agora o caminho de casa,
limpa seu rosto, faiscante, em brasa.
Para onde ir, ele não sabe,
o medo, em si não mais cabe,
tem medo, medo de fugir, correr,
quando agora, só queria morrer.
O mundo é frio, vazio, sem amor,
é esse, seu único, bem polido pendor,
repudia, quando se pede atenção,
Já devia ter aprendido essa lição.
Quem tem pena do menino, só?
não, a ninguém se desperta um dó,
para casa, implora, guia-o então,
alguém, por favor, segura-lhe a mão.
(imagem-google)