Cidade Luz
A cidade, devaneante, vive á meia-noite,
almas ambulantes, buscando pernoite,
como que diretriz de criativa composição,
inúmeros artistas, em busca de inspiração.
Seus cafés, nichos repletos de gente,
um deles, envolve uma figura contente,
aquele que, sentado, de lápis na mão,
um soneto ou balada, compõe com emoção.
Os autores a descreveram com prazer,
contam contos em palavras para dizer,
o quanto é maravilhosa a Cidade luz,
sedutora, apraz os sonhos que conduz.
Jovem escritor, envereda seu ofício,
cativo por bela dama, em breve interstício,
a mais encantadora daquele lado do rio,
por quem, enlevado, renovou então o brio.
Ó cidade, trágicas histórias se guiam,
muitos seres tormentosos que la viviam,
ele roga, nostálgico, um dia poder voltar,
para onde coroou em palavras, seu vívido criar.
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