Amor...Há Muito Esperado...
O tempo...o tempo...ele nunca passa,
para amainar a dor, que nossa carne trespassa,
como punhal que revira em nosso coração,
exsanguinar nosso peito de toda emoção.
A tortuosa dúvida que permeia a mente,
de não saber, se a bela musa nos sorri contente,
encoberta, em seu leito, primorosa e repousante,
se lembra de seu cavalheiro, oh sofrer nauseante!
Quero viajar em meio ao tempo, na gélida noite,
me embriagar nos ventos, revoltosos em afoite,
pois melhor perecer, desvairado e sem sorte,
não saber se amor recebe, da esperada consorte.
No papel, procuro como que conforto ilusório,
nutro esperançoso, como que em adorno promontório,
para pontuar cada frase, não se mostra mais destreza,
verto ao revés, apaixonadas lágrimas de tristeza.
(imagem-google)