Metrópole
Bate no rosto, o ar da metrópole, uivante,
Sinfonia amena, apetecível, constante,
Soa aos ouvidos, flerta, seduz,
Inesperada, desperta a insânia.
Euforia que desatina faceira,
Face às promessas das cidades,
Indeléveis, não cumpridas, covardes,
Impassíveis ao ingênuo depositário de fé.
Histórias alheias, únicas, distantes,
Indiferentes aos murmúrios,
Inconscientes, dormentes, desiludidos,
Inerte aos vagantes espíritos perdidos.
As faces se mesclam em multitude,
As imagens dos boêmios em verve,
As trovas vivas de quem se atreve.
Persona que busca a completude,
Angústias surgem no aquário de concreto,
São os tubarões; nadam em tom liberto.
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