FINIS HOMINIS
A profecia que leu a cigana,
Nas trêmulas linhas de minha mão,
A própria morte ilusória beija e engana,
Apronta minha cama de cetim e solidão.
Rumo ao destino incauto e inefável,
A Indolente promessa da tumba inelutável ,
Liquefazer em necrochorume minhas células cerebrais
No manto que a coberta as terras cemiteriais.
Com a certeza daquele insone vitupério,
Não mais me banharei nas pias batismais,
Encoberto pela vigília dos sacrilégios comensais.
Descendo a procissão dos mortos em amargo mistério,
Hei de contemplar, da torre do jazigo, meu despojo arrefecer,
Estado derradeiro do homem, fadado a apodrecer.