O meu pirá, Sua sunung
Escrita em mensagem de fumaça,
talvez ainda em língua Tupí,
assoprei do cachimbo em meio ao coreto da praça,
garatujas emotivas
pontuando em interrogações e exclamações,
meus augúrios de menino.
Testemunha inanimada
das juras de amor e postimeira saudade,
quando de mãos dadas ao primeiro flerte,
mirei profético a Igreja da Matriz,
que do alto de seu ornamento vigia airosa urbe,
seu ancião, seu rebento.
Na Bela Pirassununga, mensagem do vento, do rio, da terra,
Colhe saudosa o pranto do pródigo viajante,
Reúne em lágrimas doces a cascata de seu Limoeiro,
fonte saudosa do passado bandeirante.
Marcus Hemerly